terça-feira, 13 de maio de 2014

Arruda - Planta Medicinal


ARRUDA


Também conhecida como arruda-dos-jardins, arruda-fedorenta ou ruta-de-cheiro-forte, a arruda é uma representante da Família das Rutáceas. É uma planta considerada sub-arbustiva ou herbácea, lenhosa, que apresenta caule ramificado, pequenas folhas verde-acinzentadas e alternadas. As flores também são pequenas e de coloração amarelo-esverdeada. Originária da Europa, mais especificamente do Mediterrâneo, a arruda se dá muito bem em solos levemente alcalinos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. A planta necessita de sol pleno pelo menos algumas horas por dia. Sua propagação se dá por meio de estacas ou sementes.

Trata-se de uma planta muito resistente que, se atendidas suas necessidades básicas de cultivo, dificilmente apresentará problemas. A colheita normalmente pode ser feita cerca de 4 meses após o plantio.

Quanto às propriedades medicinais da arruda é interessante, antes de prosseguir, fazer uma observação: há séculos, divulga-se que a planta apresenta propriedades muito ligadas ao desejo sexual masculino e feminino, mas de formas diferentes: seria um anafrodisíaco (ou anti-afrodisíaco) para os homens e um excitante para as mulheres. Ainda não foi possível comprovar a veracidade dessas indicações, entretanto, nos escritos (datados de 1551) de Hieronymus Bock, considerado um dos primeiros botânicos da história, havia a recomendação para que monges e religiosos ingerissem a arruda, misturada aos alimentos e às bebidas, para garantir a pureza e castidade. A verdade é que esta planta era realmente muito abundante nos jardins dos mosteiros.

Uma substância chamada rutina é a responsável pelas principais propriedades da arruda. Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos sangüíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no tratamento contra varizes. Popularmente, seu uso é indicado para restabelecer ou aumentar o fluxo menstrual e, também, para combater vermes. Como uso tópico, o azeite de arruda, obtido com o cozimento da planta, é aplicado para aliviar dores reumáticas. Seu aroma forte e característico, detestado por muita gente, é considerado um ótimo repelente, por isso a arruda é colocada em portas e janelas para espantar insetos.

A arruda é, ainda, muito usada na medicina popular para aliviar dores de cabeça e, segundo os especiaistas, isso pode ser explicado porque ela apresenta um óleo essencial que contém undecanona, metilnonilketona e metilheptilketona. Todas essas substâncias de nomes complicados possuem propriedades calmantes e, ao serem aspiradas, aliviam as dores e diminuem a ansiedade.

Apesar das propriedades medicinais conhecidas há séculos, o uso interno desta planta é desaconselhado pois, em grande quantidade, a arruda pode causar hiperemia (abundância de sangue) dos órgãos respiratórios, vômitos, sonolência e convulsões. O efeito considerado "anticoncepcional" na verdade é abortivo, pois provém da inibição da implantação do óvulo no útero, sendo que a ingestão da infusão preparada com a arruda para esta finalidade é muito perigosa e pode provocar fortes hemorragias.

Por incrível que pareça, a arruda também teve muita aplicação na culinária: suas sementes e folhas eram usadas para enriquecer saladas e molhos, em virtude das boas doses de vitamina C contidas na planta. Seu uso era considerado uma defesa contra o escorbuto. Além disso, a planta também servia para aromatizar vinhos.

No sul da Europa, as raízes da arruda eram adicionadas a um tipo de bebida chamada "grappa", para funcionar como um licor digestivo.

Amor Crescido


AMOR CRESCIDO

Nome Científico: Portulaca pilosa  L.

Família botânica: Portulacaceae


Sinonímias: Portulaca lanata Rich. , Portulaca lanuginosa Kunth, Portulaca parvula A. Gray, Portulaca pilosa fo. mexicana D. Legrand, Portulaca gagatosperma Millsp., etc.
           


Nomes populares: amor crescido, flor de seda (Brasil), alecrim-de-são-josé (PORT), mao ma chi xian (China), pink purslane (English, United States), Verdolaga(Bolívia).

Origem ou Habitat: nativa da Bolívia

Características botânicas: O gênero Portulaca inclui plantas herbáceas, com folhas geralmente alternas, portando na axila tricomas muito ou pouco desenvolvidos e flores com duas sépalas, 4-5 pétalas livres, estames numerosos e ovário ínfero. A espécie Portulaca pilosa é caracterizada por apresentar tricomas axilares conspícuos, interaxilares e folhas lineares, hábito prostrado e flores purpúreas.

Partes usadas: planta inteira

Uso popular: problemas estomacais, diurética , cicatrizante , analgésica e queda de cabelo. Também é indicada como hepato-protetor, contra diarréia, erisipela e queimadura. As folhas são utilizadas na forma de xampu para lavar e dar brilho aos cabelos.

Composição química: mucilagem, sais minerais, principalmente fósforo e potássio.
A composição nutricional é semelhante a espécie Portulaca oleracea (ver beldroega).
Análise alimentícia em g/100g de Portulaca oleracea: proteínas (1,60g), lipídeos (0,40g), carboidratos (2,50g), cálcio (140,00g), fósforo (493,00mg), ferro (3,25mg), retinol (250,00mg), vitamina B1 (20,00mg), vitamina B2 (100,00mg), niacina (0,50mg), vitamina C (26,80mg). (Franco, G., 1992).

Hortelã



HORTELÃ

FAMÍLIA: Lamiaceae
NOME CIENTÍFICO: Mentha sp
NOME POPULAR
Hortelã, hortelã-pimenta, menta, hortelã-comum, hortelã-de-cheiro, hortelã-rasteira
PARTE USADA
Folhas e sumidades floridas

PRINCÍPIO ATIVO

Flavonóides: mentoside, isoroifolina, luteolina. . Óleo essencial 0,7 a 3% que contém mentol (40 a 40%), ácido p-cumarínico, ferúlico, cafêico, clorogênico, rosmarínico
Piperitone, alfa-mentona, mento-furano, metilacelato, pulegona, cineol, limoneno, jasmone, principio amargo, vitamina C e D, nicotinamida (traços), terpenos, cetonas, taninos, sesquiterpenos: cariofileno, bisabolol; carotenóides, colina, betaína e minerais

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS

Carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica, antisépticas e analgésica.

INDICAÇÕES
 
Fadiga geral, atonia digestiva, gastralgia, cólicas, flatulência, vômitos durante a gravidez, intoxicação de origem gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias (bochechos).



DESCRIÇÃO BOTÂNICA

Planta herbácea, perene, de 15 cm a 1 metro de altura. As folhas são oval-lanceoladas e serrilhadas, de cor verde a arroxeada, um tanto pilosas e têm um forte aroma refrescante. De seu óleo essencial se extrai o mentol. As flores são numerosas e roxas e se apresentam em inflorescências terminais do tipo espigas.


OUTRAS ESPÉCIES

Hortelã pimenta - Mentha piperita
Hortelã verde - Mentha spicata
Poejo- Mentha pulegium
Hortelã Crespa - Mentha crispa
Hortelã doce-Mentha arvensis
Hortelã Romana-Balsamite major/Chrysanthemum balsamite
Hortelã do Brasil
Hortelã cíprica, mentastro, hortelã da Córsega.
 
ORIGEM: Ásia



FORMA DE PREPARO E DOSAGEM

*Infusão (uso intero)- 1 colher de sobremesa de folhas por xícara com água fervente não mais que 5 minutos. Tomar 3 xícaras ao dia, após ou entre as refeições.
*Óleo medicinal(uso externo) - Mergulhar um copo (150 ml) de folhas e flores amassadas em azeite por 4 dias para aplicações locais com massagens.
*Banho estimulante (uso externo)- Ferver em fogo brando por 3 minutos 50 gramas de folhas de hortelã em um litro de água. Misturar à água da banheira (tomar pela manhã).
*Sauna facial para nevralgias (uso externo)
Utilizar 25g de folhas em 0,5 litro de água fervente. Expor o rosto aos vapores, cobrindo a cabeça com uma toalha. Evite friagem posteriores Evitar utilizar a essência em doses superiores a 0,30g/dia., pode causar superdosagem
*Outras medidas e doses indicadas
Erva seca: 2 a 4g três vezes ao dia.
Essência: dose média 0,05 a 0,030g/dia (45 gotas).
Xarope: 20 a 100g/dia.

MODO DE USAR

1.Dores abdominais:
Tomar um copo de leite aquecido com algumas folhas de hortelã.
2.Gripes e resfriados
Tomar chá: Infusão de 4 a 6 folhas frescas em uma xícara com água fervendo.
3.Picadas de insetos
Colocar várias folhas amassadas sobre o local.
4.Outras aplicações
Exercem ação tônica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de propriedades antisépticas e ligeiramente anestésicas Bom para dores de cabeça e juntas doloridas. Ligeiramente vermífugo e calmante. Combate cólicas e gases, aumenta produção e circulação da bílis. Favorece expulsão dos catarros e impede a formação de mais muco.

CONTRA-INDICAÇÃO

É contra-indicado o uso da essência para lactentes. Pessoas que possuem cálculos biliares só devem empregar a planta com orientação médica..

EFEITOS COLATERAIS

O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispnéia e asfixia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensíveis pode provocar insônia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo, pois a pulegona contida na planta exerce ação paralisante sobre o bulbo raquidiano